A hora certa para comprar seu imóvel

Você quer comprar um imóvel e não sabe a hora certa? Saiba que o momento chegou e você deve aproveitá-lo.

A razão é muito simples.  Há, neste momento, uma combinação bastante favorável para os compradores: financiamentos com juros baixos e preços ainda estáveis. Em uma época em que o mercado imobiliário ensaia uma recuperação, ainda é possível comprar a preços mais baixos. E isso é ótimo para você, que sonha com um imóvel à sua altura.

Um dado que corrobora com essa afirmação é a relação entre o percentual de lançamentos e as vendas obtidas.Nos últimos 12 meses o percentual de lançamentos cresceu em 23, 3%; entretanto, as vendas subiram somente 8%. Os dados são da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Como se vê, ainda há muitas oportunidades de compra e, com a oferta maior que a procura, a tendência é conseguir um preço melhor.

FINANCIAMENTOS ATRAENTES

Outro fator que torna o atual momento propício para a compra são os financiamentos imobiliários. A queda dos juros da Caixa fez os bancos diminuírem as taxas de financiamento para o setor.  Fora isso, a manutenção da taxa Selic em 6,5% ao ano também contribui para esse bom momento.

Com isso, espera-se que os  financiamentos imobiliários cresçam 10% este ano . É o que aponta o  presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Gilberto Duarte de Abreu Filho.

“É uma sinalização positiva de retomada, mas ainda não é um número para celebrar. A recuperação vai ser mais lenta do que imaginávamos”, diz.

O que é bom dura pouco

A benevolência do mercado, no entanto,  não deve durar muito tempo. Quem deseja comprar imóvel, portanto, deve fazê-lo com certa urgência. É o que explica o economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Bruno Oliva.“Diante das incertezas no cenário político e econômico, o mercado espera que os juros voltem a subir em 2019 e isso vai influenciar o mercado imobiliário”, explica o economista da Fipe Bruno Oliva.

Os juros, por exemplo, devem aumentar em breve. Fatores externos como volta da inflação, aumento dos juros nos Estados Unidos, alta do dólar e eleições podem  desencadear essa alta.

Os preços dos imóveis, por sua vez, devem se manter estáveis até o ano que vem. Segundo Oliva, isso se deve  à falta de confiança dos consumidores na economia e da lenta recuperação do mercado imobiliário.

“Não é preciso correr, mas há possibilidades de encontrar bons negócios para quem procurar com calma. Mesmo que a economia volte a crescer, os preços dos imóveis vão demorar mais para subir do que os preços de outros ativos”, diz Oliva.

Planejamento é essencial

O bom momento é favorável, sim, mas, para quem se planejou financeiramente, é ainda melhor. Por quê?

Hoje, para se conseguir um financiamento, é necessária uma entrada. Os bancos privados exigem 20% do valor do imóvel a ser adquirido, ao passo que a Caixa pede, no mínimo, 30%.  Porém, para a parcela do financiamento ser equivalente ao custo mensal do aluguel, é recomendável dar uma entrada de 50%, pelo menos.

Um planejamento malfeito pode trazer prejuízo. Se não se der uma entrada maior, a  prestação pode custar até três vezes o valor do aluguel.

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